segunda-feira, 25 de abril de 2011

Variedades lingüísticas














É comum ouvir as pessoas dizerem que, no Brasil, fala-se apenas uma língua: o português (as línguas indígenas raramente são lembradas...). Entretanto, na realidade, a língua portuguesa possui variedades, afinal, não se fala do mesmo jeito em todas as regiões do país: há diferenças na fala dos mineiros com relação a, por exemplo, a fala dos gaúchos; esta, por sua vez, difere-se do modo de falar carioca, que é diferente do paulista, e assim por diante.
No entanto, mesmo se considerarmos a língua falada pelas pessoas de uma mesma região, veremos que ela varia de acordo com a classe social do falante, com o sexo, com a faixa etária, com a escolaridade e com o grau de formalidade da situação. Deste modo, todos estes são aspectos que interferem na língua, fazendo com que ela tenha diferenças não apenas na pronúncia, como também na sintaxe, na morfologia e no léxico.
Através dos meios de comunicação (televisão, Internet, jornais, revistas, etc) temos algum contato com as outras variedades da língua, contudo, muitas vezes, o que vemos não é uma tentativa de representação fiel dessas variedades, mas uma representação estereotipada, que não corresponde à realidade, que exagera nas diferenças existentes entre uma determinada variedade e outra (as novelas são um bom exemplo disso).
Representações desse tipo também são bastante comuns em textos que tenham algum compromisso com o humor: eles usam a tática de exagerar nas diferenças que existem em uma determinada variedade da língua, como uma forma de torná-las esquisita e, por sua vez, engraçada. Um exemplo disso é a famosa conversa que aconteceria entre dois mineiros, durante o café:




A) Ce qué café?
B) Qué.
A) Pó pô pó?
B) Pó pô!
A) Pó pô pão?
B) Pó pô poquin só.

A “tradução” desse diálogo seria a seguinte:

A:Você quer café?
B: Quero.
A: Posso pôr o pó?
B: Pode pôr!
A: Posso pôr pão?
B: Pode pôr um pouquinho só.


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